"Senhor, fazei-me instrumento de Vossa Paz"
São Francisco de Assis

sábado, 9 de novembro de 2013

Terceira Ordem - Ordem Franciscana Secular


A padroeira da Ordem III é Santa Isabel da Hungria 

Os franciscanos seculares constituem uma verdadeira Ordem na Igreja. Não formam um mero movimento ou associação qualquer. A OFS é uma ordem reconhecida como tal pela Igreja, que lhe apresenta uma forma de vida chamada Regra.
Como tal, ela é acolhida, aceita e abençoada pela Igreja em todas as partes do mundo. Ela faz parte da grande Família Franciscana e contribui para a plenitude de seu carisma.

A Ordem Franciscana Secular é constituída por Fraternidades abertas a todos os cristãos seculares.
Nelas há lugar para jovens, para casados, viúvos e celibatários no mundo; para clérigos e leigos; para todas as classes sociais, todas as profissões, para todas as raças; para homens e mulheres. Há lugar para todos porque se busca viver segundo o Santo Evangelho como irmão e irmãs da penitência.

O projeto de vida de todo cristão e especialmente de todo franciscano secular é o seguimento da vida de Nosso Senhor Jesus Cristo, conforme os ensinamentos que nos foram revelados através do Santo Evangelho. Por isso, "A Regra e a vida dos franciscanos seculares é esta: observar o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, segundo o exemplo de São Francisco de Assis, que fez do Cristo o inspirador e o centro de sua vida com Deus e com os homens (Rg 4; 1Cel, 18, 115).

A OFS se articula em Fraternidades de vários níveis: local, regional, nacional e internacional. E toda fraternidade, de qualquer nível, goza de autonomia administrativa, econômica e financeira. Porém, as fraternidades dos diversos níveis estão coordenadas e ligadas entre si segundo a Regra, as CCGG, o ritual e os estatutos.

As relações entre a Juventude Franciscana (JUFRA) e a OFS devem ser marcadas pelo espírito de uma comunhão vital e recíproca. Por esta razão, a experiência vivida na Juventude Franciscana encontra a sua realização natural na OFS.

Conheça mais: http://ofs.org.br/

Fonte: http://www.franciscanos.org.br


Segunda Ordem - Clarissas

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Santa Clara diante do altar prestes a cortar os cabelos e fazer sua consagração a Cristo.*

Francisco, além de fundar a 1ª Ordem Franciscana (masculina), foi também o fundador da 2ª Ordem Franciscana, conhecida também por Ordem de Santa Clara, abrindo assim a vivência do ideal franciscano para o ramo feminino. A primeira religiosa franciscana foi a jovem Clara Offreduccio, mais tarde chamada de Santa Clara de Assis, jovem de família nobre e admiradora de Francisco desde que o conhecera como "Rei da Juventude" pelas ruas e festas de Assis. Passou a admirá-lo mais ainda, quando se tornou um inflamado pregador da alegria e da paz, da pobreza e do amor de Deus, não só através de palavras, mas com o exemplo de sua própria vida.

Era isso precisamente o que almejava a jovem Clara. Não estava satisfeita com os esplendores do palácio de sua família, nem com o sonho do futuro enlace principesco ao qual seus pais a estavam encaminhando. Sonhava com uma vida mais cheia de sentido, que lhe trouxesse uma verdadeira felicidade e realização. O estilo de vida dos frades a atraía cada vez mais.

Depois de muitas conversas com Francisco, aos 18 de março de 1212 (Domingo de Ramos), saiu de casa sorrateiramente em plena noite, acompanhada apenas de sua prima Pacífica e de outra fiel amiga, e foi procurar Francisco na Igrejinha de Santa Maria dos Anjos, onde ele e seus companheiros já a aguardavam.

*Frente ao altar, Francisco cortou-lhe os longos e dourados cabelos, cobrindo-lhe a cabeça com um véu, sinal de que a donzela Clara fizera a sua consagração como Esposa de Cristo. Nem a ira dos seus parentes, nem as lágrimas de seus pais conseguiram fazê-la retroceder em seu propósito. Poucos dias depois, sua irmã, Inês, veio lhe fazer companhia, imbuída do mesmo ideal. Alguns anos após, sua mãe, Ortulana, juntamente com sua terceira filha Beatriz, seguiu Clara, indo morar com ela no conventinho de São Damião, que foi a primeira moradia das seguidoras de São Francisco.

Com o correr dos anos, rainhas e princesas, juntamente com humildes camponesas, ingressaram naquele convento para viver, à luz do Evangelho, a fascinante aventura das Damas Pobres, seguidoras de São Francisco, muitas das quais se tornaram grandes exemplos de santidade para toda a Igreja.

As Irmãs Clarissas vivem um estilo de vida contemplativa, sendo enclausuradas. Quer dizer que não têm, normalmente, uma atividade pública no meio do povo, dedicando-se mais à oração, à meditação e aos trabalhos internos dos mosteiros.

Conheça mais: www.clarissas.com.br

Primeira Ordem - Ordem dos Frades Menores


Após a conversão, pouco a pouco, ao redor de Francisco se forma um grupo disposto a viver toda essa experiência de comunhão com o mistério de Deus que se lhe revelava. Jovens de Assis, na Itália, vão pelo mundo afora como andarilhos, mas vivendo a experiência de fraternidade. Tudo e todos passam a ser sentidos como irmãos e irmãs, pois o frade não é mais senhor de nada e de ninguém.

"Essa pobreza de itinerantes e mendigos será vivida pelos frades em estreita comunhão com Cristo que não tinha uma pedra onde reclinar a cabeça e que vivia também da generosidade dos que lhe davam hospedagem..." (Leclerc).

A Ordem Franciscana foi criada como uma Ordem de Irmãos, que assumiam a missão de viver e pregar o Evangelho. Não era uma Ordem Clerical (Ordem composta por sacerdotes), como outras que já existiam. O próprio Francisco não quis ser sacerdote e os primeiros frades também não tinham esse objetivo.

Desde o início, porém, como mostra a história de Frei Silvestre, houve o ingresso de alguns sacerdotes já formados, que desejavam ser franciscanos. Algum tempo depois, sobretudo quando Santo Antônio, professor de Teologia, ingressou na Ordem, passou a ensinar Teologia aos frades e alguns deles passaram a se ordenar sacerdotes.

Mais tarde, devido principalmente às necessidades da Igreja, a maioria dos frades passou a se ordenar. Mas até hoje, dentro da ordem Franciscana, convivem como irmãos, em igualdade de condições, frades sacerdotes e não sacerdotes (estes chamados outrora de irmãos leigos, por não serem sacerdotes), cada um exercendo a sua função.

Esse é, sem dúvidas, um dos aspectos mais belos da Ordem criada por São Francisco.

Mais tarde, a Ordem se dividiu em três ramos: Ordem dos Frades Menores (OFM), Capuchinhos (OFMCap) e Conventuais (OFMConv).

Os termos "franciscanismo" e "franciscano" não reclamam profundos conhecimentos das evoluções linguísticas para revelarem sua origem.

Atrás deles, esconde-se o nome FRANCISCO, que no caso vem especificado com o topônimo de ASSIS.


NUMA ALMA FRANCISCANA, A PRIMAVERA NÃO PODE PASSAR DESPERCEBIDA

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Dizem as Fontes a respeito de São Francisco de Assis: “Que alegria ele sentia diante das flores, vendo sua beleza e sentindo seu perfume! Passava imediatamente a pensar na beleza daquela flor que brotou da raiz de Jessé no tempo esplendoroso da primavera e com seu perfume ressuscitou milhares de mortos. Quando encontrava muitas flores juntas, pregava para elas e as convidava a louvar o Senhor como se fossem racionais. Da mesma maneira, convidava com muita simplicidade os trigais e as vinhas, as pedras, os bosques e tudo que há de bonito nos campos, as nascentes e tudo o que há de verde nos jardins, a terra e o fogo, o ar e o vento, para que tivessem muito amor e fossem generosamente prestativos. Afinal, chamava todas as criaturas de irmãs, e de uma maneira especial, por ninguém experimentada, descobria os segredos do coração das criaturas porque na verdade parecia já estar gozando a liberdade gloriosa dos filhos de Deus” (1 Cel 29, 80.81).

“Nas coisas belas reconhecia aquele que é o mais belo, e que todas as coisas boas clamavam: Quem nos fez é ótimo!” (...) Mandou que o hortelão deixasse sem cavar o terreno ao redor da horta, para que, em seu tempo, o verde das ervas e a beleza das flores pudessem apregoar o formoso Pai de todas as coisas. Mandou reservar um canteiro na horta para as ervas aromáticas e as flores, para que lembrassem a suavidade eterna aos que as olhassem” ( 2Cel 124, 165).

“Costumava dizer ao irmão que tomava conta do jardim que não ocupasse todo o terreno com legumes, mas reservasse uma parte para as árvores que, em seu tempo, produzem nossas irmãs flores, por amor para com aquele que disse: “As flores dos campos e os lírios dos vales” ( SP 118).

“Louvado sejas, meu Senhor, por nossa Irmã e Mãe Terra, que nos sustenta e governa, e produz diversos frutos, e coloridas flores e ervas” ( Cântico das Criaturas)

Francisco não leu antologias poéticas, mas simplesmente amou profundamente a Natureza! Ele é Santo da Eterna Primavera! O Santo que percebia que as flores combinam explodir todas ao mesmo tempo para revelar a Onipotência de Deus, tão assim Belo, Poderoso e Simples! Em Francisco, o espírito que fraterniza é o espírito que personaliza, que vê, sente, cheira e colhe. Dos detalhes pequenos aos grandiosos, para Francisco de Assis a vida é uma revelação sagrada. É como diz o poeta Paulo Leminski:

“Quem me dera
Até para a flor no vaso
Um dia chega a primavera”

Para Francisco, o tempo, a hora, as estações são tempo de louvor. E Manoel de Barros confirma: “Os girassóis têm o dom de auroras”

Por isso, com São Francisco vamos celebrar a Primavera fazendo da vida uma bela celebração! Deus cuida de nós no nascivo de cada dia!

Feliz Primavera na Paz e no Bem!

Texto do blog: http://carismafranciscano.blogspot.com.br/